28 de abr. de 2011

In Paradisum (2011)

O guitarrista Timo Tolkki, o vocalista brasileiro Andre Matos, um dos melhores tecladistas do Power Metal: Mikko Harkin (Sonata Arctica), o baterista Uli Kusch (Helloween, Masterplan) e o baixo de Jari Kainulainen (Stratovarius e Evergrey).  Só esse line-up já promete um clássico do metal melódico, mas não é bem assim...

Vamos encarar esse projeto do Timo Tolkki como um projeto descontraído, em que amigos decidem fazer um disco bem na linha daquele power metal melódico dos anos 90 ala Stratovarius.  Se você encarar desse jeito o disco fica bem mais fácil de ouvir, mas não espere inovações.

Fields Of Avalon e Come by the Hills são músicas típicas do Stratovarius ou seja Speed Metal com passagens melódicas e refrões bem pegajosos. a primeira tem solos e uma atuação inspirada do André, a segunda começa meio sem inspiração, mas fica muito boa no fim.

Depois temos Santiago que começa pesado (para um disco melódico igual a esse) e depois vira uma faixa típica do Stratovarious, mas essa perto do fim tem uma bela parte acústica que me lembrou ainda mais o Stratovarius.

Andre Matos está muito inspirado nesse disco, sua interpretação é fantástica e traz novo temperos as músicas, o que me intriga é que ninguém percebeu a diferenciada que o Andre faz nas músicas, ao invés de usar agudos retos, ele usa seu timbre para dar uma diferenciada nas músicas, note isso em Forevermore onde André e Tolkki esbanjam talento numa das melhores faixa do disco.

Só para acrescentar o vocal do Andre está muito mais agudo nesse disco, o que me agrada bastante, pois eu adoro vocais agudos.  Mas o Andre não fica só nos agudos, ele também usa seu belo timbre para cantar passagens lentas de uma maneira emocionante, a faixa-titulo mostra o Andre usando boa parte dos seus recursos vocais (além de segurar notas altas por um bom tempo), e também mostra a melhor atuação do Mikko Harkin no disco.  Essa faixa mostra um Symfonia inspirado pelo Avantasia clássico.

Outras músicas aonde o belo timbre e interpretação do Andre se destacam é na lindíssima Alayna (chega me emocionei quando eu a escutei) e a bonita e acústica Don´t Let Me Go que fecha o disco em alto estilo.

Acha que acabou a resenha? ainda falta 3 faixas: Rhapsody In Black,  Pilgrim Road e I Walk In Neon. As duas primeiras são faixas bem bacanas mas não tão inspiradas assim, ainda que eu simpatize um pouco com a Rhapsody, mas acho que depois de algumas audições elas vão melhorar.  O destaque dessas três fica por conta da "I Walk In Neon" que possui otimos riffs de teclado e guitarra, além de uma atuação fantastica do André e Tolkki.

Apesar dos elogios o disco peca em não inovar nada, apenas reproduzindo o Power Metal dos anos dourados (anos 90), pois se você para para pensar 4 ou 5 músicas são totalmente chupadas do Stratovarius.

Se levarmos em conta que o guitarrista Tolkki é o mentor do Stratovarius tudo fica mais facil de entender, mas mesmo assim parece que Tolkki está preso a essa formula, outro problema é que o Andre Matos podia ajudar mais nas composições introduzindo elementos típicos da carreira dele (incluindo alguns ritimos folclóricos nacionais).

Mas Gente! vamos lembrar que ouvir música, é acima de tudo uma atividade prazerosa, e é isso que o disco proporciona no seu tempo de duração, pois esse disco é muito legal e me apresenta um power metal bacanudo e descompromissado que a um bom tempo eu não via.

Andre Matos está fenomenal nesse disco ele tem uma atuação riquíssima onde ele demonstra toda sua técnica e potencia, Timo Tolkki e Mikko Harkin vão bem nos solos principalmente nas faixas Forevermore, In Paradisum, I Walk In Neon e Santiago, ainda que as vezes eu estranhe a mixagem das guitarras, Uli Kusch e Jari atuam bem nesse disco fazendo uma cozinha segura.

Nota: 8,5 ********1/2

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