20 de set. de 2012

Sem abandonar o peso vamos ouvir mais música

Quem assim como eu acompanha o blog, Collector Room, que inclusive a partir de hoje estará entre os blogs indicados (já devia estar a tempos, nem eu sei por que ainda não tinha colocado) mudou a sua postura em relação ao tratamento da temática do blog. Na verdade essa mudança já era bastante perceptível para quem acompanha o que o, Ricardo Seelig, escreve recentemente. A Collector Room nunca foi um blog exclusivo sobre heavy metal, apesar da predominância do mesmo durante a história do blog, devido ao gosto pessoal dos escritores do blog.

Ricardo, recentemente escreveu esse artigo, onde ele fala do curto período onde ele pôs um fim ao blog, da cena doente que é o metal no seculo XXI, devido aos fãs, produtores de shows, jornalistas "especializados" e até algumas bandas (Angra e Shaaman) e que apartir de agora o blog não vai mais dar o mesmo foco ao heavy metal como antes.

Acabei percebendo que uma coisa semelhante ocorre também nesse blog, não devido aos mesmos motivos que, o Ricardo, e sim por causa do meu gosto pessoal que vem se expandindo, o Heavy Metal ainda predomina e creio que será assim por muitos anos. Não ligo para a cena corrupta carregada de fãs pseudo-intelectuais e com a mente tão aberta quanto uma noz, e é exatamente por esse motivo que eu não faço a minima questão de divulgar o blog em meios mais mainstream.

O blog ao longo dos seus quase dois anos de vida acumulou 55000 visitas e tem uma base sólida de leitores que leem os artigos que eu publico periodicamente. O blog começou voltado exclusivamente para o metal, mas com o tempo eu fui descobrindo novas sonoridades e fiquei com vontade de escrever sobre elas também, assim surgiu o "Coluna do Pop", "Músicas e artistas que eu ouço além do metal" e o "Opera Guide".

Eu não escuto música faz muito tempo, e quem me conhece sabe disso, a algum tempo eu não ouvia nada, até que eu conheci, A Biblia do Rock, e passei a procurar conhecer o heavy metal e com isso acabei conhecendo bandas que hoje são as minhas favoritas: Rhapsody Of Fire, Behemoth, Gorgoroth, Judas Priest, Within Temptation, Nightwish entre várias outras que eu conheci com o tempo.

Logo depois eu descobri coletâneas da Maria Callas na minha casa e acabei tomando gosto pela ópera, paixão que mantenho até hoje. Descobri o Soul Revival através da Collector Room e de artigos do Regis Tadeu, a música eletrônica através da Eletro Música, outros gêneros foram descobertos com leituras em diversos sites.

Já havia tomado essa medida a algum tempo e para reafirma-la digo pela segunda vez, o blog vai buscar algo próximo do ecletismo musical baseado na opinião dos escritores do blog. O heavy metal permanecerá sendo o gênero predominante do blog, simplesmente porque o gênero é apaixonante e vive uma onda de excelentes lançamentos que reafirmaram a minha paixão pelo gênero.

O blog diferentemente da Collector Room não vai tentar diminuir o conteúdo sobre heavy metal, só irei adicionar mais resenhas e artigos sobre outros gêneros musicais. Ricardo tem seus motivos para estar cansado, ele assim como outro escritor que eu gostava bastante, o Carlos Eduardo Corrales, que se cansou de dar murro em parede, na atividade de divulgar o gênero que tanto gosta.

A postura que eu vou tomar é a de continuar a escrever independente das críticas ou de fanatismo e ignorância musical, se as pessoas fossem se calar devido a esses motivos não haveria nenhuma produção intelectual no mundo

2 de set. de 2012

Dica

Atualmente estou com 40 discos desse ano no meu playlist, 28 deles foram ouvidos e 14 foram resenhados, ainda falta ouvir 12 e desse número apenas 6 estão zerados. Como eu tenho acesso a esse dados? Recentemente eu criei um arquivo no Power Point que computa os discos ouvido esse ano. Como assim? vou explicar melhor: Toda vez que eu baixo um disco do ano de 2012 eu vou lá e coloco a foto dele em um slide que cabe até 8 imagens.

Existem também critérios que eu estabeleci para classificar o disco quanto a audição:

Tachado: O disco foi ouvido por completo e resenhado
Negrito: O disco foi ouvido por completo, mas não foi resenhado.
Itálico: Disco pela metade ou audição quase completa.
Sublinhado: Quase a metade do disco foi ouvida.
Sombra: Quase nenhum faixa foi ouvida ou o disco ainda está zerado.

Há ainda algumas regras que eu coloquei nesse esquema. Para quem quiser entender melhor essa ideia, está aqui o arquivo que eu fiz, Acredito que ele ajuda bastante a organizar os discos que se está ouvindo e de quebra você vai saber prováveis candidatos a resenhas futuras.

Até o próximo post.

1 de set. de 2012

Coluna Do Pop: Attetion Whore (2012)


Suicide Commando é uma banda belga com bons anos de estrada que esse ano lançou um pequeno aperitivo para os seus fãs. O som do grupo pode ser classificado simplesmente como EBM, mas também há influências de Dark Electro e Aggrotech, esse último é percebido no vocal.

Johan Van Roy, compositor e vocalista do grupo, tem uma vocal que lembra o Shagrath do Dimmu Borgir só que uma ponta a menos de peso. Por se tratar de um single de música eletrônica, temos aqui a faixa titulo original e seus vários remixes, e como eu sempre digo, música eletrônica é o único gênero em que ouvir os remixes vale a pena.

"Attetion Whore" tem um título que é a cara do grupo, se destaca por suas batidas pesadas aliadas a um clima de catástrofe, tudo isso é somado ao vocal agressivo de Johan e a uma leve dose melódica. Os remixes: "Funker Vogt" e "Nachtmahr" aumentam ainda mais a violência do tema principal, adicionando fortes pitadas de música industrial, acelerando as batidas e fazendo leves distorções na voz gutural de Johan.

"X-Rx", outro remix de "Attetion Whore", apresenta uma nova visão da faixa, mudando o timbre de algumas batidas, entretanto o remix "Sleetgrout" é o melhor dos quatro e parece um cruzamento de Suicide Commando com o Dark Electro do Blutengel, fazendo o grupo soar como um Dimmu Borgir eletrônico.

O single ainda tem a faixa "Evacuate" e um remix da mesma, ambas são faixas bem legais e um fator a mencionar nelas, e que elas não contam com as intervenções vocais de Johan, uma pena, porque ele poderia torna-las melhor ainda.

Attettion Whore é como já foi dito, "um pequeno aperitivo", que não apresenta grandes inovações, mas não faz feio na discografia do grupo belga. Aconselho vocês a baixarem, pois penso que baixar os singles de grupos eletrônicos e ouvir o tema principal puro e seus remixes é uma ótima forma de se familiarizar com as bandas.

Nota: 7,5 *******1/2

Coluna Do Pop: Ray Of Light (2012)

Num mundo onde as pessoas pensam que o "thumpa-thumpa" com poucas variações executado por vigaristas do naipe do senhor David Guetta consiste em música eletrônica da melhor qualidade, a verdadeira se encontra escondida no underground.

Afgin é um DJ e compositor israelense de um gênero da música eletrônica chamado GoaTrance, que podemos traduzir como um Trance melódico com influências orientais no som.

Psytrance é um gênero que veio do Goa, retirando apenas as influências orientais do mesmo, e é por essa via que Afgin caminha nesse novo EP.

"Ray Of Light" abre o disco com uma explosão de melodias em alta velocidade e apesar da constante repetição do motivo principal é uma música bem variada, em comparação com o que toca nas rádios, "Ray Of Light", parece metal progressivo. A próxima faixa, "Keep Moving Forward", contém trechos do filme Rocky Balboa, protagonizado pelo astro Sylvester Stallone, e longe de ser uma música ruim é a mais fraca do disco.

Um grande ponto de destaque nesse pequeno registro são as melodias etéreas e hipnóticas que podemos encontrar nas duas faixas finais do disco, "Soul Uplifter" e "When You're Gone", mas não para por ai porquê essas faixas exploram mais melodias e camadas de som que as faz variar harmoniosamente entre momentos de calmaria e de maior agitação.

O Ep só tem essa 4 músicas, mas se tivesse mais músicas e elas seguissem o padrão de qualidade do resto do disco, esse seria com certeza um dos melhores registros do ano. Ideal para quem quer começar a ouvir música eletrônica de verdade, sendo esse um disco acessível no melhor sentido da palavra, muito devido a riqueza melódica presente no disco.

Nota: 8 ********

Requiem For Indifferent (2012)


Link da resenha