15 de fev. de 2013

Melhores Álbuns de 2012 Parte 3 - (Arthur)

Eaeeeeee manolada!!! Finalmente a última parte da minha lista, acho que consegui ouvir todos os cd's de 2012 que eu tinha aqui empacados, então vamos a lista:

te' - 音の中の「痙攣的」な美は,観念を超え肉体に訪れる野生の戦慄。
te'! Essa sílaba foi minha descoberta do ano, banda de japas que tocam post-rock instrumental, até aí tudo normal, porém o deferencial é que eles realmente tem algo de rock no som, e diferente de 80% das bandas do estilo eles não ficam naquele clima de melancolia e tristeza pura, você também encontra passagens "felizes" ou "esperançosas", uma ótima banda e pra mim o melhor álbum deles.
Nota: 9,5

Wintersun - Time I
Pra quem acompanha o blog desde o início, o debut do Wintersun foi minha primeira publicação aqui, é um dos meus discos favoritos de todos os tempos, sou um grande tarado fã da banda e dos músicos que a compõe. Após cerca de 6 anos de espera eis que surge essa magnífica obra, um dos discos mais épicos e bonitos que já ouvi na vida! Simplesmente outro nível de metal e produção, e Jarii já prometeu que Time II será ainda mais épico!
Nota: 10

Cannibal Corpse - Torture
Já resenhado! Link aqui
Nota: 9,5

Baroness - Yellow & Green
Tava todo mundo falando desse maldito cd na internet, aí eu pensei "não deve ser lá essas coisas... aposto que vou perder meu tempo ouvindo isso" aí eu ouvi... E tem duas semanas que ainda estou ouvindo, É MUITO PERFEITO!!!!!!!!
Nota: 10

É negadis... acabou! Essa ficou mais curta mas é porque eu tive muitas decepções desses discos de 2012... provavelmente devo listá-los depois. Então fiquem com essa musiquinha e até!

13 de fev. de 2013

Como é a vida sem downloads

Acreditem, não é legal depender da boa vontade do youtube para ouvir novos discos que vem saindo por ai. Primeiro que você acaba ouvindo os novos lançamentos quando eles ficam velhos e na hora que os users do youtube querem e não na hora que você quer.

O youtube é constantemente patrulhado e se ontem o disco novo da Alice Russell estava disponível para audição, hoje eu só tinha direito a 3 músicas do total de 14. E o tempo de carregamento? É de acabar com qualquer esperança de ouvir o disco.

Quero ouvir o novo do Stratovarius, Audrey Horne e esse da Alice Russell, entretanto dependo de uma santa alma abençoada  que poste os vídeos no youtube ou em qualquer outro canal. Por hora ouvi apenas 4 discos sendo que um deles será resenhado em breve.

Ouvindo recentemente o Vertikal do Cult Of Luna, o The Savage Playground do Crashdiët e o Mission da Bartoli. Desses só pretendo resenhar o do Crashdiët no Santuário em breve.

11 de fev. de 2013

Comentários sobre o Grammy

Nem vou entrar no mérito em que se avalia quem as listas ignoraram, pois senão o post seria infinito.

Record Of The Year
Gotye featuring Kimbra - Somebody That I Used To Know

Galera eu nem acho essa música pavorosa, entretanto vocês precisam estar cientes que ela concorria com a excelente "Lonely Boy" do ascendente The Black Keys e com a ótima "Thinkin Bout You" do grande, Frank Ocean, que teve seu disco incensado por grande parte da crítica especializada e eu também o achei excelente (relembre meu top 10 do ano passado).

Minha música escolhida seria a de Ocean devido a pungência da interpretação e a atmosfera que mescla elementos de diversos gêneros com muita elegância. O The Black Keys também merecia essa e não estranharia se eles ganhassem do Frank.

Do outro lado dos "perdedores" temos a ridícula "Stronger" a qual me abstenho de comentar agora (você pode ver o que eu acho dela nesse link) e a manjada "We Are Young" que é uma faixa mediana e que devido a sua aparição nas rádios mainstream já torrou minha paciência. Não gosto da música que indicaram da Taylor Swift, acho que o Red tem músicas melhores.

Gotye evidentemente não tinha calibre para competir com Ocean e o The Black Keys, a canção dele no entanto bate tranquilo as do Fun, Kelly Clarkson e até a Taylor Swift nessa categoria. O fato dele ter ganhado permanece como um mistério para mim.

Minhas escolhas:  1- Frank Ocean (vencedor)
                                2- The Black Keys
                                3- Gotye
                                4- Taylor Swift
                                5- Fun
                                 6- Kelly Clarkson

Album Of The Year
Mumford & Sons - Babel

Até agora estou pasmo com essa premiação esquisita, tudo bem que dessa vez eu não conheço todos os indicados, mas tem certeza que em um ano onde temos um disco do nível do Channel Orange, Blunderbuss, El Camino esse disco tinha alguma chance de vencer? O engraçado é que eu não ouvi nunca ninguém falando nada desse grupo, portanto acabo pensando que eles quiseram surpreender os expectadores e conseguiram, só não sei se foi para o lado positivo.

Colocar o patético Some Nights nessa categoria, só colocar, mostra o quão equivocadas são as escolhas desse ano em diversas categorias. Eu confesso que não ouvi o Babel, mas essa premiação está me cheirando mal.

Minhas Escolhas: 1- Frank Ocean
                               2- Jack White
                               3- The Black Keys
                           

Song Of The Year
Fun. Fearturing Janelle Monaé - We Are Young

Achei essa categoria muito fraca para falar a verdade, tanto que nem a comentaria se ela fosse uma categoria segundaria. Para começar vamos falar desse Ed Sheeran que eu vi em uma porção de categorias. Seu timbre de voz se assemelha ao pavoroso James Blunt e sua canção é um dos chororôs mais aborrecidos que ouvi nos últimos dias. Tem potencial no entanto para aparecer nas caprichos da vida e virar ídolo de meninas debilóides por ai.

"Call Me Maybe" não é uma das piores coisas que eu já ouvi nas rádios (a concorrência é muito grande), mas está muito longe de merecer algum prêmio (além de música chiclete do ano concorrendo com a horrível "Gangnam Style"). Vou ignorar a presença de Clarkson e destacar a boa "Adorn" do cantor, Miguel, que apresenta um som que lembra bem essa nova safra de rappers que sabem explorar com elegância outros estilos musicais a fim de enriquecer sua sonoridade.

Era obvio que o Fun ia ganhar, claro que não merecia, apesar de que nessa categoria as escolhas estavam tão fracas que até dá para compreender sua vitória.

Minhas Escolhas: 1- Miguel
                               2- Fun
                               3- Carly Rae Jaspen
                               4- Ed Sheeran
                               5- Kelly Clarkson

Best New Artist
Fun

Essa categoria é umas das mais bizarras do Grammy visto que muitos dos seus indicados não são novos e sim bandas velhas que só agora foram conhecidas. O Fun tem 5 anos de carreiras e dois discos e Frank Ocean 6 anos de carreira e dois discos também.

Nesse caso só quem sobra são os The Lumineers que fizeram uma apresentação bacana no Grammy, o ótimo Alabama Shakes que ao meu ver lançou o melhor disco de uma banda iniciante no ano passado e o tal do Hunter Hayes que é um daqueles garotos bonitos que as gravadoras alçam para atrair a atenção do público feminino comprador de caprichos e que é tão country quanto o Luan Santana é sertanejo.

Tudo bem, vamos pelos critérios do Grammy, nesse caso a minha escolha é obviamente o Frank Ocean, a vitória do Fun foi um dos maiores embustes que eu já presenciei, o único prêmio que esse grupo realmente merecia era o de "banda coxinha do ano".

Minhas Escolhas: 1- Frank Ocean
                               2- Alabama Shakes
                               3- The Lumineers
                               4- Hunter Hayes
                               5- Fun


Best Hard Rock/Metal Perfomance
Halestorm - Love Bites (So Do I)

Gostei da escolha, apesar de não ter ouvido o disco dessa banda (não achei para baixar na epóca), a música é excelente e esse grupo é um murro na cara daqueles que adoram falar da morte do rock. Meu favorito no entanto era "Ghost Walking" do Lamb Of God, uma canção que mostra como o grupo norte americano evoluiu para melhor em sua carreira e hoje podemos dizer que eles são umas das melhores bandas desse gênero de qualidade heterogênea que é o metalcore.

Gosto muito das músicas indicadas do Anthrax e do Megadeth, mas eu estranho até hoje o fato do Grammy de 2012 premiar coisas de 2011 (como são atrasados...). "Blood Brothers" é uma canção bacana e tal, mas não tinha chance e o que dizer da presença constrangedora de Marylin Manson que lançou  ano passado o fraquíssimo Born Villain (devidamente dissecado pelo Regis Tadeu)? Destoou completamente do resto.

Minhas Escolhas: 1- Lamb Of God
                               2- Halestorm
                               3- Anthrax
                               4- Megadeth
                               5- Iron Maiden
                               6- Marylin Manson

Best Rock Song
The Black Keys - Lonely Boy

Acho estranho a presença de Muse e Mumford & Sons nessa categoria, já que ao meu ver o som que eles fazem é muito mais alternativo do que rock. Enfim, gostei dessa seleção a exceção de "I Will Wait" que não me desperta nenhuma emoção.

"Madness" é uma das melhores músicas do novo disco do Muse, que sempre grava canções radiofônicas muito boas para cada disco que lança (por exemplo: "The Resistance" "Time Is Running Out"). Se no disco anterior as influências eram sinfônicas nesse novo as influências são eletrônicas, o que mostra uma banda que não se aconchega em uma formula exata.

Meu favorito é o rap blues que Jack White faz em "Freedom At 21", uma das melhores faixas de Blunderbuss. Outra boa faixa é a "We Take Care Of Own" de um artista que eu criminosamente ignorei ano passado, Bruce Springsteen. Contudo o prêmio dado ao The Black Keys é justo.

Minhas Escolhas: 1- Jack White
                               2- Muse
                               3- The Black Keys
                               4- Bruce Springsteen
                               5- Mumford & Sons

Best Rock Album
The Black Keys - El Camino

Essa foi uma ótima seleção de bons discos de música (porque considerar Muse e Coldplay bandas de rock continua indigesto para mim). Gosto do Mylo Xyloto do Coldplay que mantém ao meu ver a qualidade dos outros álbuns só que dessa vez eu achei o som mais divertido e menos messiânico do que nos discos anteriores (uma mudança deveras interessante).

Ainda não ouvi o do Muse inteiro, mas pelo tanto que ouvi acho que ele justifica o fato do grupo estar ao lado desse time estelar. O novo disco foi muito bem recebido e mostra um grupo ousado como disse antes. Passei batido pelo o do Bruce, como deixei explicito nesse post.

Minha preferência mais uma vez recai sobre o excelente Blunderbuss de Jack White que é um disco deveras completo.

Minhas Escolhas: 1- Jack White
                               2- Coldplay
                               3- Muse

Obs: Os outros eu não ouvi para julgar, mas tenho quase certeza que são melhores que o disco do Coldplay.

Best Rock Perfomance
The Black Keys - Lonely Boy

Esse Mumford & Sons já tá enchendo o meu saco, o que esse grupo tem de tão especial assim? Nem lembro de ninguém ter falado nada deles e eu ouvi umas coisas deles e achei o grupo tão normalzinho. Enfim como vocês estão vendo, o grupo The Black Keys não perdoou ninguém nas categorias que disputou e realmente esse foi merecido (Já estou pensando em comprar o El Camino).

Meu preferido era o Alabama Shakes que como já disse, gravou um dos melhores discos do ano passado e essa música em especial é uma das melhores e mostra a versatilidade da excelente Britanny Howard. Não muito longe temos "Charlie Brown" que é uma das minhas músicas favoritas do disco de 2011 do Coldplay.

Não conhecia, mas gostei muito dessa música do Bruce Springsteen.

Minhas Escolhas: 1- Alabama Shakes
                               2- The Black Keys
                               3- Coldplay
                               4- Bruce Springsteen
                               5- Mumford & Sons

Best Pop Solo Performance
Adele - Set Fire To The Rain

Essa estava na cara, em uma das piores seleções que eu vi nesse Grammy, a Adele era a única escolha minimamente decente. Eu tenho uma irmã que é completamente louca pela Katy Perry e eu até estava torcendo para que a Katy Perry ganhasse por causa dela (mesmo sabendo que as chances eram praticamente nulas), enfim deu no que deu e ela foi dormir muito mal humorada.

Eu tenho essa performance premiada da Adele e confesso que nem a acho tão boa assim, pois a Adele evita o sobre-agudo no finzinho da música o que é deveras irritante. Não odeio "Wide Awake", mas é uma canção mediana até para os padrões da Katy Perry; a atmosfera é interessante, mas a batida é chata e as melodias vocais são muito manjadas (mesmo a ponte que geralmente é o ponto alto das músicas delas, nesse caso é bem convencional), isso sem falar que a Katy Perry desafina quando canta essa música ao vivo.

As outras escolhas são tão patéticas que nem dá vontade de comentar, mas vamos lá: "Call Me Maybe" é um pop bem feito com um refrão pegajoso, apesar disso o timbre adolescente de Carly é bem aborrecido.  A Rihanna que lança um disco pior que outro (os 2 últimos foram massacrados pela imprensa especializada) com a tediosa "Where Have You Been" que sintetiza todos os erros que ela comete na sua carreira: melodias vocais insossas e forçadas, clima pseudo-messiânico, toques repetitivos demais, diversos vícios do electropop americano (especialmente aquela batida que eu apelidei carinhosamente de "toque do caranguejo" que já aparece em músicas do Justin Bieber).

Minhas Escolhas: 1- Adele
                               2- Katy Perry
                               3- Carly Rae Jaspen
                               4- Kelly Clarkson
                               5- Rihanna

Best Classical Vocal Solo
Reneé Fleming - Poémes

Por fim vamos falar de ópera. Nessa categoria minhas apostas deram resultado, alguém lembra que eu apontei tanto o disco vencedor quanto o seu principal concorrente? Pessoalmente prefiro o Clair De Lune da Natalie Dessay que mais uma vez gravou um excelente disco (em 2011 gravou um disco sensacional dedicado a ópera Guilio Cesare de Haëndel).

Reneé Fleming mereceu, seu disco foi muito elogiado e sua interpretação de "Shéhérazade" foi magistral, já as outras partes eu não gosto tanto assim.

6 de fev. de 2013

Bandas e Artistas recomendados

Eaeeeeeeeeee manolada! Eu tive um problema com meu celular que é meu principal meio de escutar musicas novas, já foi resolvido porém fiquei uns 4 dias sem ouvir nada de novo, então o fim da minha lista deve atrasar uns dias... 
Então pra não perder o embalo dos posts vamos pra mais uma daquelas listas tapa-buraco que todo mundo gosta né:

Guthrie Govan
Guthrie Govan foi a maior descoberta guitarrística que fiz durante o ano, cheguei até ele através de recomendações do Kiko Loureiro em uma revista, Guthrie faz um Jazz/Fusion de outro nível com belíssimos temas e ótimas improvisações, recomendadíssimo!!!


Claustrofobia
Banda brazuka! Claustrofobia é uma das melhores e mais conhecidas bandas do underground nacional, tocam um Thrash/Death sem frescura bem patriota com letras em português.


Nekrogoblikon
Essa é du caraleo! Nekrogoblikon é uma banda Americana de Folk/Death, eles louvam os Goblins de todas as formas possíveis e além das composições próprias eles também trazem outras músicas para o mundo dos Goblins como o clássico tema dos Power Rangers. Em nome de deus metal assistam esse clipe!



Keith Merrow

Keith Merrow é um dos expoentes da atual cena de metal instrumental, extremamente criativo com seus riffs além de ser um ótimo produtor. Keith não tem um perfil de rockstar, então foi complicado encontrar uma foto boa dele (a maioria são prints dos seus videos, só da pra ver as mãos e a guitarra dele). Nessa foto ele esta ao lado de Jeff Loomis, com quem já fez algumas musicas épicas e a agora estão trabalhando em um novo álbum juntos que promete ser ainda mais épico.

1 de fev. de 2013

Straight Out Of Hell (2013)

Antes de tudo eu vou lhes contar o que acontece na cena metal atual. Como se sabe, vivemos em uma seara que é extremamente saudosista e nomes como o Helloween recebem muita atenção até hoje, mesmo não produzindo álbuns espetaculares ou inovando.

Isso joga os grupos que são o futuro do gênero para escanteio, pois preferem fazer matérias e entrevistas falando de bandas como o Helloween ao invés de mencionar as novas caras do gênero.

A nova vanguarda do metal moderno, entretanto não vive só de pensamentos nobres como esse, alguns deles tem um ódio cego do saudosismo e qualquer coisa nessa linha, lhes embrulha o estômago.

O Helloween virou então para essa galera um verdadeiro saco de pancadas e seu novo disco foi recebido com olhares altaneiros por alguns. O que é uma grande vergonha, já que dar valor as bandas que serão o futuro, não significa que devemos menosprezar os grandes mestres do gênero, que inclusive inspiraram as novas bandas.
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Helloween estava devendo, seu último disco empolgou muito pouco e muitos o consideraram no máximo um disco bonzinho, pouco para uma das bandas de metal mais adoradas pelo público brasileiro. Eu mesmo ao saber da noticia desse novo disco, não me entusiasmei nem um pouco, entretanto me propus a ouvi-lo.

Ao ouvir os primeiros trechos de "Nabatea" fiquei impressionado com a qualidade da música, muito potente e com um refrão simples mais efetivo. "World Of War" era um daquelas faixas velozes que nós fãs de power metal nos habituamos a ouvir, sem abrir mão do peso a banda nos apresenta uma ponte muito boa que descamba em um daqueles refrões bem cantantes.

O que se percebe desde primeira música é que o grande mérito desse disco é o fato da banda não abrir mão do peso, o que impede as músicas de ficarem diluídas e açucaradas em excesso, o que não combinaria com o tom delas. Essa é um lição que muitas bandas cópias do Helloween deveriam aprender, já que existe uma porrada de bandas de power metal com sons extremamente diluídos que em nada lembram a potência de seus mestres.

Mesmo na melódica "Live Now" onde os teclados dão um clima eletrônico para a música, o peso permanece lá dando a força necessária a música. É o caminhão de hits não para, temos ainda as excelentes "Far From The Stars" e "Burning Sun", a primeira mostrando o Helloween buscando influências nas músicas aceleradas do Stratovarius sem perder sua essência (o solo da música é bem humorado, coisa típica do grupo) e a segunda com uma performance excelente de Andi Deris.

Alias eu não me lembro de ter visto uma performance tão inspirada do Andi Deris como nesse disco, sua voz combina muito bem com o peso adicional que a banda colocou nesse disco, as passagens melódicas são cantadas sem nenhum problema e as notas agudas lhe saem facilmente. E ainda conta com o apoio de ótimos coros que o ajudam nas partes mais "fofas" do refrão.

Depois desse inicio arrasador que prometia um novo clássico do power metal, vem a primeira balada, "Waiting For The Thunder, que até passa, mas a chatíssima, "Hold Me In Your Arms", puxa o disco lá para baixo. O álbum volta ao normal com a boa "Wanna Be God", mas é com a faixa-título que o disco dá aquela guinada de volta para o surpreendente inicio.

"Asshole" é uma música diferente, com uma presença marcante do baixo , riffs monolíticos, um teclado martelando motivos no fundo e um refrão que explora com criatividade as linhas melódicas e onde fica marcado um jogo na voz de Andi Deris em que se explora partes mais melódicas e outras mais agressivas. Ótima Faixa.

"Years" também tem influências do Stratovarius, mas dessa vez essa inspiração soa genérica e o refrão é a única coisa interessante na música. "Make Fire Cathc The Fly" e "Church Breaks Down" fecham o disco e se a primeira é uma faixa bem legal a segunda é apenas boa.

Confesso que fui surpreendido por esse novo disco do grupo e cheguei a imaginar em algum momento que ele seria um dos melhores desse ano, entretanto o excesso de faixas prejudicou o disco que ficaria excelente se excluísse algumas, a impressão que temos é a mesma que o Ricardo Seelig descreve: "Algumas composições são totalmente dispensáveis e nunca deveriam ter visto a luz do dia, passando a impressão de estarem no tracklist apenas para completar a duração de um CD".

Esse é o grande mal do disco, pois o torna longo demais e dificulta a audição do mesmo. Entretanto especialmente pelo inicio arrasador e por outras músicas muito bacanas espelhadas ao longo do disco, o recomendo e afirmo que esse é um dos melhores discos da fase recente do grupo.

Nota: 8 ********

Melhores Álbuns de 2012 Parte 2 - (Arthur)

Faaaaaaaala manolada! Chegamos a segunda parte da minha listinha que precisaria de um rolo de papel higiênico para ser escrita por inteiro. Eu notei que a lista ta ficando um pouquinho grande... Parece mais a lista de "tudo que eu não achei ruim" do que a lista dos melhores, então depois que eu terminar essa lista eu vou TENTAR fazer um top com os 10~15+ pra ficar mais justo. Agora chega de papo e vamos aos discos:

Van Halen - A Different Kind Of Truth
Esse aí o Rubens que me lembrou, não sei como passei direto por ele enquanto fazia a primeira parte da lista! Eddie em sua melhor forma, largando a mão nos solos e deixando de lado aquele tecladinho tosco que eu detestava.
Nota: 9,0

Moonspell - Alpha Noir & Omega White
É... Eu acho que me precipitei em colocar o Testament no topo antes de escutar esse(s) cd(s) do Moonspell, que é uma das minhas bandas favoritas. 
Alpha Noir segue a linha pesadona que a banda aderiu a partir do álbum Memorial (2006), e Omega White já segue o estilo mais Dark/Gothic que a banda fazia na época de The Antidote (2003) e Darkness And Hope (2001). Ambos os discos são de altíssimo nível, a banda se mostra extremamente madura e nenhum dos dois cd's tem ponto baixos, sem dúvida um dos meus favoritos do ano.
Nota: 10

Kreator - Phantom Antichrist

Kreator foi a banda que me trouxe para belo mundo do Thrash, e esse álbum realmente me surpreendeu. Eu esperava por uma continuação do Hordes Of Chaos (2009) e Enemy Of God (2005) porém a banda fez o inesperado (pelo menos pra mim) e adicionou elementos mais melódicos, solos mais bem trabalhados e passagens acústicas, realmente me surpreenderam e só isso já os faz merecedores de entrar nessa lista.
Nota: 9,0

Bucketheadland - Racks / The Silent Picture Book / The Shores Of Molokai / March Of The Slunks
É eu quis juntar os 4 aqui, (o March Of The Slunks eu citei na primeira parte da lista) todos seguem a mesma linha de som então cheguei a conclusão de que só faz sentido eles entrarem nessa lista se forem juntos.
Nota: 8,5

Keith Merrow - Retrospecial
Keith Merrow é um dos mais criativos guitarristas de metal da atualidade, é muito reconhecido no underground devido a sua criatividade. Keith faz um Death/Prog instrumental extremamente épico, com riffs destruidores. Falando em riffs, esse é o seu ponto forte e é oque diferencia ele dos demais guitarristas. 
Retrospecial é incrível e conta com a participação de grandes nomes do metal moderno como Jeff Loomis (Ex- Nevermore), Ola Englund e Gord Olson (que entrou nessa lista junto com Keith Merrow ano passado através do Demisery). 
Recomendado pra quem gosta de uma guitarra de 7 cordas bem tocada.
Nota: 10 (Pra mim desbanca o Plains Of Oblivion do Jeff Loomis facilmente)

Kiko Loureiro - Sounds of Innocence
Graaaaaaaaaaaaaaaande Kiko! O guitarrista que mais me influenciou durante o ano de 2012. Sounds Of Innocence (pelo menos pra mim) é o melhor de seus trabalhos solo. Pesado, melódico e versátil, uma aula não de guitarra mas sim de música! Mostrando que pra fazer algo musicalmente belo não podem existir fronteiras ou preconceitos, misturando metal, samba, jazz, choro, bossa, funk, fusion e muito mais Kiko fez desse disco meu álbum favorito de musica instrumental, espero poder encontrá-lo algum dia pra pegar um autografo no meu songbook do No Gravity e agradecer por abrir minha mente como guitarrista.
Nota: 10

Storm Corrosion - Storm Corrosion
Finalmente um cd que eu já resenhei! Link da resenha
Nota: 10

Revocation - Teratogenesis (EP)
Revocation é um dos expoentes da cena Tech/Prog Death atual, com ótimos músicos a banda faz um som único, (eles apareceram na minha lista do ano passado com o foderoso Chaos Of Forms) Teratogenesis mostra um amadurecimento no som da banda, fazendo um som mais sério e extremo, o próximo full desses manolos promete muito.
Nota: 9,5

André Matos - The Turn of The Lights
Essa capa não é o spell de shock do Skyrim? André esta de volta kicking rabos! Depois do mediano Mentalize (2009), The Turn Of The Lights mostra porque o cara é tão respeitado no metal mundial, um cd avassalador digdin digdin digdin, pra mim o melhor trabalho do André desde o Reason (2005) do Shaman, pesado demais com o instrumental em outro nível e uma produção muito legal, com um som bem orgânico, em alguns momentos tive a impressão de estar com os ouvidos colados nos amplificadores das guitarras!
Nota: 9,0

Bem manolada esse é o fim da segunda parte, pelos meus cálculos a próxima será a última... Enquanto isso fiquem com um sonzinho z1k4 v1d4 l0k4 ae!