30 de jan. de 2013

Melhores Álbuns de 2012 Parte 1 - (Arthur)

É tem cd pacas que eu ainda quero ouvir antes de fechar essa lista, então vou dividir minha lista em algumas partes assim eu enrolo vocês ganho tempo pra escutar mais alguns discos... Então vamos começar:

Primal Rock Rebellion - Awoken Broken

Ah.... Esses "supergrupos"... Primal Rock foi formado pelo grande Adrian Smith e um cara que eu nunca ouvi falar Mikee Goodman. Adrian toca de uma forma incrível! Fugindo do dó-ré-mi clássico do Iron Maiden e fazendo um som mais moderno e pesadíssimo. Mikee me deixou pasmo! O cara canta demais! Recomendadíssimo!
Nota: 8,5

Avatar - Black Waltz

Avatar era uma banda sueca de Melodic Death bem original, acompanho o som deles a um bom tempo e sou grande fã dos caras. Eu não escrevi aquele "era" à toa, eles continuam suecos porém a sonoridade da banda mudou drasticamente nesse cd, adicionando elementos de metal industrial e uns toques teatrais. Dificilmente uma banda com uma formula sonora já estabelecida se reinventa dessa forma e consegue fazer algo tão bom sem parecer vendida.
Nota: 8,5

Testament - Dark Roots Of Earth

Aaaaaaaa manolada... Eu disse que não gosto de rankings mas com esse aí não dá! É o melhor cd que eu escutei esse ano! Testament provando mais uma vez que o Big Four deveria abrir os shows deles! Simplesmente épico! Se você ainda não ouviu pare de ler essa lista agora e vai escutar! Depois você termina de ler esse post, ele não vai fugir.
Nota: 10

Flying Colors

Mais um "supergrupo"... Olhem o line-up da banda: Mike Portnoy, Dave LaRue, Casey McPherson, Neal Morse e Steve Morse. Vocês acham que algo não-foda poderia sair dessa união? Bitch please...
Nota: 9

John 5 - God Told Me To

John 5 é um puta guitarrista que é muito pouco falado, o pessoal lembra mais dele como ex-Manson e o carinha do Rob Zombie, mas ele tem uma discografia solo que é incrível e que fica cada vez melhor! Nesse disco específico ele faz uma coisa incrível dividindo o cd em metade metal e metade acústico, diversificando o som e não caindo na maldição dos guitarristas solo de lançarem albuns com 1 hora de masturbação guitarrística.
Nota: 8,5

Bucketheadland - March Of The Slunks

Buckethead lançou (pasmem) mais de 5 cd's de musicas inéditas ao longo de 2012, e olha que metade do ano ele ficou se recuperando de uma lesão na coluna! Eu peguei todos conforme foram saindo, sou MUITO fã dele, porém não cheguei a ouvir nenhum até a data desse post, esse disco em especial eu fui escutando enquanto escrevia esse post. Ficou incrível, Bucket voltou a fazer seu metal bizarro depois de um tempo sem sair daquele sonzinho acústico, só não entendi porque ele voltou a usar o nome Bucketheadland que ele só usou nos primeiros cd's.
Nota: 8,5

Unleashed - Odalheim

Com o Unleashed não tem tempo ruim, o som deles é esse e pronto, Death/Viking sueco da melhor forma, mereciam muito mais reconhecimento pelo tempo de estrada que já possuem.
Nota: 8,5

Isso é tudo pessoal! Pelo menos por enquanto! Ainda essa semana dou continuidade a lista, e fiquem com um sonzinho ae pra vcs passarem o tempo.




E pra manolada que usa o Lastfm pode me add lá! Link aqui

1001 discos; I Never Loved A Man The Way I Love You (1967)


Artista: Aretha Franklin
Selo: Atlantic
Produção: Jerry Wexler
Nacionalidade: EUA
Duração: 32:51


1. Respect
2. Drown In My Own Tears
3. I Never Loved A Men The Way I Love You
4. Soul Serenade
5. Don't Let Me Lose This Dream
6. Baby, Baby, Baby
7. Dr. Feelgood (Love Is A Serious Business)
8. Good Times
9. Do Rigth Woman - Do Right Man
10. Save Me
11. A Change Is Gonna Come







Todo mundo apontava Aretha como a rainha do soul, embora seu caminho para o trono tenha sido cheio de obstáculos. Antes de assinar com a Atlantic, em 1966 ela passou seis anos - e nove discos - com a Columbia, que inibiu seu talento inato para o soul e a transformou numa cantora de standards de clubes de jazz.

Libertada dessas correntes por Jerry Wexler, da Atlantic, Franklin viajou para o Fame Studio, em Muscle Shoals, Alabama, em fevereiro de 1967. Mas o marido e empresário de Aretha, Ted White, teve um desentendimento com um dos integrantes da banda de apoio, composta só por brancos, quando apenas uma canção e meia estava gravada. As sessões foram rapidamente parar transferidas para os estúdios da Atlantic, em Nova York.

Aretha, que compôs quatro faixas e acompanhou-se ao piano no disco, resistiu a tendência dos artistas de blues de só cantarem músicas escritas e arranjadas pelos estúdios. Seu jeito de tocar piano foi comparado ao de Ray Charles e tornou-se a base em cima da qual todas as faixas foram construídas.

O disco abre com uma versão de "Respect", de Otis Redding, subvertida em um hino feminista. "A Change Is Gonna Come", um clássico de Sam Cooke sobre a luta pelos direitos civis, foi igualmente revista - a briga comprada pela própria Aretha. "Dr. Feelgood" mostra uma mulher incrivelmente segura, imbuída de uma sexualidade raramente ouvida antes numa artista negra.

Livre das amarras da Columbia, Aretha logo assumiu a realeza do soul tanto por sua poderosa expressão de sentimentos como pelo sentimento, em si, embutido nas canções. Ninguém ouve este disco extraordinário sem se emocionar.

Músicas Selecionadas

1.

3.

11.

29 de jan. de 2013

Melhores Álbuns de 2012 - (Arthur)


Olá Headbangers!!! Deve ter 1 ano desde o meu último post XD Tive uns problemas no meio do ano e só agora consegui me estabilizar de novo pra ter tempo de postar,cheguei a ficar mais de 3 meses sem pc e sem internet, ou seja, sem musica nova :( então pra retomar as atividades nada melhor do que começar com minha seleção de melhores do ano. Mas antes vou esclarecer umas coisas sobre a minha listagem:

1) Não gosto de rankings, então os cd's não vão seguir ordem nenhuma, vou simplesmente lista-los

2) Eu escutei pocua coisa em 2011, e escutei menos ainda em 2012 XD, então COM CERTEZA vão ficar faltando alguns discos, então se a banda que você gosta lançou um cd Ultra Super Tr00 e ele não aparecer aqui pode ser que eu simplesmente não tenha tido tempo de escutar.

3) Assim como a lista do Rubens a minha não será 100% metal, os leitores mais antigos devem saber que eu escuto muita coisa "diferente", então vocês vão encontrar coisas mais "exóticas" talvez.

4) Dividirei minha lista em 2,3 ou 4 posts: Talvez eu siga o esquema do ano passado fazendo uma lista com os cd's famosões e outra com os undergrounds/debuts, porém não sei se escutei músicas suficientes para encher dois posts... 
O terceiro seria a lista das decepções, dos poucos cd's que ouvi muitos eu não gostei...
E o quarto (idéia que copiei do post do Rubens) seria a lista com os albúns que não consegui ouvir ainda...

Então é só isso... devo começar a escrever pela manhã... Fiquem com uma musiquinha ae pra vocês se distraírem enquanto meus(s) post(s) não ficam prontos


(Sim eu usei o texto de 2011 como rascunho AHEAUEHUAHEUA)

1001 discos: Pink Moon (1972)


Artista: Nick Drake
Selo: Island
Produção: John Wood
Projeto Gráfico: Michael Trevithick
Nacionalidade: Inglaterra
Duração: 26:30


1. Pink Moon
2. Place To Be
3. Road
4. Which Will
5. Horn
6. Things Behind The Sun
7. Know
8. Parasite
9. Ride
10. Harvest Breed
11. From The Morning









Depois que seu sensacional segundo álbum, Bryter Layter, foi praticamente ignorado pela crítica, Nick Drake, retirou-se para seu apartamento quase vazio em Londres. Pink Moon estava fadado a se despir dos floreios orquestrais que deram a Bryter Layter e a seu álbum de estréia, Fives Leaves Left, seu rasgado tom emotivo.

Certa vez, Peter Buck, do R.E.M., perguntou ao produtor John Wood como tinha conseguido um som tão intimista em Pink Moon. Wood explicou que Drake havia se limitado a sentar ao microfone, nos estúdios da Sound Techniques, e tocar. Todo o clima foi criado com o poder sem enfeites da guitarra e da voz mágica de Drake, trêmula de emoção.

Os elementos barrocos das melodias de Drake, seu intricado trabalho de guitarra e a ampla musicalidade criam as linhas harmônicas descendentes de "Parasite" e o excesso de acordes coloridos de "Pink Moon" (a única canção em todo o álbum na qual foi feito overdub). O tom bucólico de "Place To Be" remete ás imagens da natureza típicas da produção de Drake, enquanto "Ride" traz mudanças de acordes rápidos, de tirar o fôlego. O talento excepcional de Drake na guitarra permanecia intacto, mas se prestava, agora, a canções mais duras, tristes, perturbadoras. Ao que consta, Drake apareceu na gravadora apático e deixou as fitas masters deste seu último álbum com uma das secretárias.

"From The Morning" encerra o disco com uma rara nota de otimismo. O triste, porém, é que um de seus versos - "and now we rise, and we are everywhere" - acabou sendo o epitáfio gravado no túmulo desse músico de enorme talento que morreu em 1974, com apenas 26 anos.

Músicas Selecionadas

1.

4. 


6. 

8. 

10.

Get Up! (2013)


Link da resenha

28 de jan. de 2013

Black Mass (2012)


Após um primeiro álbum bem experimental, o Just Like Vinyl mostra um álbum bem mais coeso que o primeiro.



Após o término do The Fall Of Troy, uma banda razoavelmente conhecida e bem difícil de rotular pela mistura incomum de rock progressivo, hardcore e uma pitada de rock alternativo que eles tinham (que na maioria das vezes funcionava), Thomas Erak , vocalista, guitarrista e líder da banda resolveu criar uma nova banda. Assim criou-se o Just Like Vinyl, que desde seu começo foi extremamente antecipado pelo relativo sucesso da banda anterior de Erak. Após um álbum homônimo bem experimental e odiado por fãs, a banda lançou neste ano o 2° álbum, 'Black Mass', que surpreendeu muitos, já que o hype inicial da banda tinha praticamente se esvaído com o primeiro álbum.


Neste álbum, a banda mostra um som coeso e que volta às raízes de Erak sem o foco na parte progressiva do The Fall Of Troy. O gênero deste álbum é tão difícil de identificar quanto os da antiga banda de Erak. 'Black Mass' mistura hard rock com um pouco de progressivo (bem de leve), heavy metal e hardcore. Ou seja: extremamente difícil de rotular, apesar de ser geralmente rotulado como: metal progressivo, o que eu discordo, pelo menos o que eu ouvi de metal progressivo não é muito parecido com o som de 'Black Mass'; rock progressivo, também discordo pelo mesmo motivo citado acima; ou algum gênero mais amplo como rock ou heavy metal.

O álbum tem bons momentos, apesar de ter algumas falhas. Como por exemplo com o tipo de vocal usado em 'Walk You Home', que teria sido bem melhor se ele não gritasse como uma criança birrenta no refrão da música (embora isso ser influência do convidado especial dessa música, ou talvez se acelerassem essa música isso pudesse ser resolvido ou minimizado). Já em 'Bitches Get Stitches' nota-se claramente a evolução no vocal de Erak e 'Hours And Whiskey Sours' lembra muito os tempos de The Fall Of Troy, mostrando qual teria sido a sonoridade da banda se ainda estivesse ativa.

Apesar deste álbum ter algumas falhas, ainda é um bom álbum e é uma ótima evolução do primeiro álbum da banda. Sua mistura incomum é interessante, e se bem desenvolvida em álbuns futuros, pode render bons frutos.

NOTA: 8

1001 Discos: Kind Of Blue (1959)


Artista: Miles Davis
Selo: Columbia
Produção: Irving Townsend
Projeto Gráfico: Jay Maisel
Nacionalidade: EUA
Duração: 45:52


1. So What
2. Freddie Freeloader
3. Blue In Green
4. All Blues
5. Flamenco Sketches













Ás vezes, a badalação exagerada em cima de um álbum o sufoca. Adjetivos fáceis como "clássico", "inovador" ou "marcante" são atribuídos por ai com muita facilidade e, em meio a isso, pode-se perder o verdadeiro valor do material original. Ainda bem que Kind Of Blue não precisa dessa advertência - trata-se de um momento que definiu um gênero musical do século 20 e ponto final.

Davis tocava com o saxofonista John Coltrane desde 1955 e, nos anos seguintes, eles afiaram sua música até chegar a Kind Of Blue.

Gravadas no estúdio da Columbia, na 30th Street, em Nova York, as cinco faixas ocuparam duas sessões de nove horas, um tempo notável para uma banda que nunca tinha visto as partituras antes - um truque usado com frequência por Davis para fazer os músicos se concentrarem mais em suas performances.  Ele também acreditava em poucos em poucos ensaios e, assim, conseguia levar os instrumentistas a uma brilhante espontaneidade.

Desde a abertura em meio-tempo de "So What", o álbum apresenta um leque variado de estilos, como a espantosa "Blue In Green", com Bill Evans tocando piano suavemente para acompanhar os lamentos do trompete de Davis, e a languidez da espanholada "Flamenco Sketches". A banda estava tão afinada que foram necessários apenas seis takes para gravar as cinco faixas - apenas "Flamenco Sketches" precisou de uma nova rodada.

O álbum foi celebrado desde o lançamento. Mas nem Miles é infalível. Três faixas foram gravadas no tom errado (o que seria arrumado mais tarde, nos relançamentos). Como se alguém tivesse notado.

Obs: O livro afirma que Wynton Kelly tocava na faixa "Blue In Green", entretanto quem realmente toca piano nessa faixa é o Bill Evans. Wynton Kelly toca apenas na faixa "Freedie Freeloader" para dar uma pegada mais "blues" a essa música.

Músicas Selecionadas

1.

5. 

25 de jan. de 2013

1001 Discos: Disintegration (1989)


Banda: The Cure
Selo: Fiction
Produção: David M.Allen e Robert Smith
Projeto gráfico: Parched Art
Nacionalidade: Inglaterra
Duração: 60:29



1. Plainsong
2. Pictures Of You
3. Closedown
4. Lovesong
5. Lullaby
6. Fascination Street
7. Prayers For Rain
8. The Same Deep Water As You
9. Disintegration
10. Untitled










Robert Smith e o The Cure nunca esperaram se tornar estrelas da música pop, mas sucessos como "Just Like Heaven" moderaram suas críticas furiosas, tirando-os das sombras em direção ao sucesso.

Em Disintegration a banda buscou um som mais coeso. O resultado, segundo a revista Q., é como ser "envolvido por um enorme casaco encharcado d'água . De fato, "Prayers For Rain" e "The Same Deep Water As You" são faixas tão dramáticas quanto seus títulos sugerem. Mas nem tudo é perdição e escuridão.

Não, brincadeira. Há perdição e escuridão de todos os tipos seja ela surreal ("Lullaby"), de um romantismo desolado ("Plainsong") ou violenta ("Disintegration") - mas sempre, como o jornal NME notou, "excitantemente infeliz". A banda também emplacou grandes sucessos e o maior deles foi "Lovesong", um presente de casamento de Robert Smith á sua noiva, Mary.

Em meio ao desespero, o baixista Simon Gallup e o antigo baterista do Thompson Twins, Boris Williams, dão um ritmo impressionante ao álbum e em particular a "Fascination Street" (acerca de Bourbon Street, no coração do quarteirão em Nova Orleans). O guitarrista Porl Thompson está sempre por perto e estará presente mais tarde na versão de "Lullaby" tocada em turnês. O tecladista Roger O'Donnell é uma constante e Lol Tolhurst fica em segundo plano (aparece nos créditos como "instrumentos adicionais").

"Fiquei preocupado por estar envelhecendo" - lembra-se o vocalista e letrista Robert Smith, prestes a completar 30 anos naquela época. Uma ansiedade que, 10 anos depois, serviu de combustível para Bloodflowers, no mesmo tom de Disintegration. Essa linhagem foi confirmada pela edição de Trilogy em 2003, um DVD ao vivo que incluía seu predecessor espiritual, Pornography.

Música Selecionadas

4. 

5.

6. 

1001 Discos: Parsley, Sage, Rosemary And Thyme (1966)


Banda: Simon & Garfunkel
Selo: Columbia
Produção: Bob Johnston
Nacionalidade: EUA
Duração: 28:30


1. Scarborough Fair/Canticle
2. Patterns
3. Cloudy
4. Homeward Bound
5. The Big Bright Green Pleasure Machine
6. The 59th Street Bridge Song (Feelin' Groovy)
7. The Dangling Conversation
8. Flowers Never Bend with the Rainfall
9. A Simple Desultory Philippic (Or How I Was Robert McNamara'd into Submission)
10. For Emily, Whenever I May Find Her
11. A Poem on the Underground Wall
12. 7 O'Clock News/ Silent Night




O mundo estava prestes a desmoronar, mas ainda havia espaço para a beleza quando Paul Simon e Art Garfunkel gravaram seu primeiro grande álbum, Parsley, Sage, Rosemary And Thyme. De fato, é a tensão entre a sensação de desastre iminente e a insistência de Simon numa conexão emocional que torna este disco eterno, apesar dos numerosos versos e frases musicais que revelam o trabalho como típico dos anos 60 ("Feelin'Groovy").

Se o álbum anterior, Sounds of Silence, foi uma obra feita às pressas para atender ao desejo da gravadora de capitalizar o sucesso da faixa-título, Simon, desta vez, exigiu total controle, o que explica o trabalho brilhante e detalhista realizado pelo engenheiro de som Roy Halee. O apuro da produção aparece logo na faixa de abertura, "Scarborough Fair/Canticle", uma intricada obra-prima do pop, que rivaliza com qualquer uma das criações de Brian Wilson. Mas Simon não é compositor de um gênero só. A variedade do material que ele escreveu para Parsley, Sage, Rosemary And Thyme o revelou como um dos compositores mais talentosos de sua época  de "For Emily, Whenever I May Find Her", uma canção iluminada pela voz de Garfunkel, a "Homeward Bound", talvez a melhor música já escrita sobre a vida de um artista na estrada. O fastio literário de "The Dangling Conversation" é totalmente perfeito, enquanto o rock caustico de "A Simple Desultory Philippic" ainda atinge seus objetivos, mesmo que muitos de seus alvos já não inspirem tamanho desprezo.

A faixa final é uma interpretação doce de "Silent Night" que fala sobre um noticiário de TV tratando da morte de Lenny Bruce e da escalada da violência na guerra do Vietnã.

Músicas Selecionadas

1.


4.

10.

21 de jan. de 2013

Em leitura: Friedrich Nietzsche

Nietzsche é um filósofos mais populares e comentados por diversos segmentos, entretanto poucas pessoas sabem alguma coisa acerca de sua filosofia.

Ele foi um crítico da moral do século XIX, da ideia de avanço da sociedade rumor ao melhor,propagada pela conhecida, belle époque (1871-1914), e da história da filosofia ocidental.

Sua filosofia pode ser entendida como uma especie de desconstrução dos conceitos defendidos até a época, ou seja, ele ataca as ideias de vários filósofos estudados até o momento por um estudante convencional ou estudados num curso de filosofia.

Dessa forma filósofos consagrados como Sócrates, Espinoza, Rousseau, Kant e Schopenhauer (só para citar os principais) são massacrados nas páginas de seus livros. "Derrubar ídolos - isso sim, já faz parte do meu oficio" essa é sua declaração autobiográfica, entretanto na desconstrução dos conceitos de sua época  Nietzsche, abre espaço para novos.

Nietzsche é um filosofo que sofre bastante preconceito por parte de muitos leigos e desinformados (tanto no meio popular quanto no acadêmico), entretanto por recomendação do meu professor de filosofia e também devido aos estudos para o pérfido vestibular, decidi me iniciar em sua obra. É necessário destacar que antes de ler a obra desse filosofo, eu, já havia começado a ler livros clássicos como forma de aumentar o meu conhecimento.

Meu primeiro livro foi, O Crepúsculo dos ídolos, lido no fim do mês de novembro do ano passado e que foi uma dos três melhores livros que eu li naquele ano. Durante a minha viagem nesse ano, terminei a leitura de Anticristo e logo cheguei a conclusão que esse foi o segundo melhor que eu li já em 2013 (li apenas quatro) e que dificilmente alguém tira ele de lá. Na viagem, já adquiri o meu 3º livro, A gaia ciência, e pretendo termina-lo ainda no fim desse mês.

Ler trechos de Schopenhauer foi uma confirmação de que estava fazendo certo em ler poucos livros, que apesar de tudo era muito bons e de ter um apurado senso crítico em relação ao que leio, me pego várias vezes discordando de Nietzsche e até do próprio Schopenhauer, não aceitando suas idéias sem refleti-las. Pensar por si mesmo é a grande virtude dos verdadeiros intelectuais, os que lêem muito não são inteligentes, muito pelo contrário, podem ser até idiotas, pois onde arrumaram tempo para refletir sobre o que leram e como vão ter pensamentos próprios se os malditos não larga a droga do livro.

Ler livros é importante, mas não é a chave do conhecimento. Para quem quiser conhecer melhor essas idéias, leiam esse livro. A leitura de Nietzsche me fez refletir sobre diversos tópicos um deles é a sexualidade humana, que ele defende atacando a forma como a nossa "moral" e a religião cristã tratam esse tema. Sua crítica a religião cristã em, O anticristo, foi uma das críticas mais geniais que já li, nesse livro ele mostra como a religião cristã atuou contra tudo aquilo que é considerado natural do homem e como ela valorizou apenas os aspectos anti-naturais e nocivos a vida.

A análise psicológica de Jesus é um dos grandes trechos dessa obra junto a deturpação de seu evangelho por parte de seus vingativos discípulos especialmente o Paulo de Tarso. Um dos trechos mais interessantes é Nietzsche falando de como a igreja era contra a higiene ao citar um episódio na Espanha onde eles destruíam os banheiros públicos e o motivo por trás.

Nietzsche entende a religião cristã como um pano de fundo para que o sacerdote exerça seu poder sobre o povo, gosto bastante quando ele critica os monges e as pessoas que fazem jejuns para ficar "puras" espiritualmente em uma critica que me arrancou gargalhadas.

As críticas que ele feitas ao socialismo fazem sentido ainda que mereçam uma reflexão maior de minha parte, mas sou veemente contra o que ele fala acerca do casamento civil e da emancipação feminina (essa última é identificada como um sintoma da decadência). Há muitos textos dele que podem ser discutidos, e já pensei em fazer um blog só para apresenta-los a alguns leitores.
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Porque eu decidi falar hoje desse grande pensador que é tão influente no nosso meio metálico, sendo influência para bandas como o Gorgoroth? Decidi falar dele devido a uma lei que foi aprovada no Rio de Janeiro que se chama: "Programa de resgate de valores morais, sociais, éticos e espirituais"  de autoria da deputada, Myrian Rios. Ninguém sabe explicar o que essa lei de fato diz e vem sendo muito criticada e comentada.

Entretanto criticam pelo lado errado, pois eles estão acusando a deputada por uma coisa que ela fez quando  era jovem (ela posou para revistas pornográficas) o que é absolutamente ridículo, pois depois de todos esses anos ela pode ter se arrependido de ter feito isso, não acham?  O que os "irritadinhos do facebook" estão reclamando é que ela sugere uma lei de "bons costumes" sendo que ela já posou nua, o que como foi afirmado no paragrafo passado é um verdadeiro absurdo.

O que de fato merece ser criticado é que alguém em pleno século XXI queira restaurar valores do século antepassado, valores que já foram esmigalhados por muitos intelectuais da época, valores que foram derrubados depois de muitos anos de batalha. Eu como leitor não só desse autor, mas também de outros, sou muito cínico em relação a essa história de "decadência da sociedade", pois o que para esse povo moralista é a decadência, ao meu ver são triunfos sobre a hipocrisia e ignorância em sua maioria.

Eu falaria mais sobre isso se tivesse lido Além do bem e do mal ou Genealogia da moral, livros em que ele explica como surgiu o que é considerado moral e imoral, certo e errado, bom e mau. Mas como está obvio muitos desse conceitos vem da igreja cristã que moldou a sociedade ocidental, ou seja, é como Nietzsche coloca muito bem em suas obras, o cristianismo vai contra tudo que é da natureza humana, sendo assim já dá para imaginar o que foi condenado.

A sexualidade humana que é uma das coisas mais belas e prazerosas que um ser humano pode usufruir, sofreu sérias sanções, sendo tachado de imoral e de pecado, só não foi eliminado pela igreja, pois isso seria impedir o desenvolvimento da raça humana (qual a graça do mundo sem súditos?) e apesar de não ter sido eliminado foi dito que ele só era puro dentro do casamento. Instalaram a heteronormativadade como forma de oprimir as outras sexualidades que não geravam descendentes.

Atacaram a saúde humana promovendo a ideia de que cuidar dela era uma forma de luxúria e vaidade, ambas consideradas pecados, pois apenas a beleza da "alma" importava, por esse motivo quando estudamos a Europa antiga achamos os europeus porcos. Defenderam "o amor ao próximo" e atacaram "o amor a si mesmo", pois sabiam que amar ao próximo quando não se tem amor próprio é mais difícil.

Em suma ele ataca o cristianismo por valorizar o além ao invés de dar valor a vida que levamos aqui na terra. O que ele critica está bem expresso nesse trecho de música: "Já morri pra minha vida e agora eu vivo a vida de Deus". Nietzsche era ateu, logo para ele valorizar o além acima das vida "carnal" era uma das idéias mais macabras possíveis, não é atoa que ele considera o cristianismo "a maior maldição da humanidade".

Como vocês podem ver há muito pouco de belo nisso que é chamado de "moral", entretanto essa deputada acha bonito nós regredimos tudo o que evoluímos e começarmos a seguir todos os padrões morais novamente porque o século XXI anda violento demais para ela? Para ela só tenho a dizer que nosso século é inofensivo se comparado a "era da catástrofe" (século 20) onde esses valores eram mais fortes do que hoje.

Os defensores da moral são os mais violentos de todos, você já percebeu isso? Para eles a moral é uma religião que deve ser defendida com unhas e dentes, punindo severamente aqueles que a descumprem. Não pretendo me alongar sobre esse lei, até porque ninguém a conhece direito, mas já dá até para imaginar.

14 de jan. de 2013

Discos ignorados que eu queria ter ouvido em 2012

Nick Waterhouse - Time's All Gone


Diablo Swing Orchestra - Pandora's Piñata


Dr John - Locked Down


Mark Lanegan Band - Blues Funeral


Jessie Ware - Devotion


Bruce Springsteen - Wrecking Ball


Rival Sons - Head Down


Michael Kiwanuka - Home Again


Public Enemy - The Evil Empire of Everything


Danko Jones - Rock And Roll Is Black And Blue


Killing Joke - MMXII

H.E.A.T - Adress The Nation