22 de jul. de 2012

Bringer Of Light (2012)

Damnation Angels foi apontada por alguns fãs de Symphonic Metal como uma das revelações de 2012 e lá fui eu conferir a estreia do grupo inglês.

O som do grupo parece uma mistura de Kamelot e Rhapsody Of Fire, ou seja um metal épico com uma bela dose de dramaticidade. Para isso se exige um vocalista de alto nível, e o loirinho Pellek dá conta do recado, alias o engraçado é que ele sofreu um certo preconceito por causa da sua aparência física o que eu acho patético.

Bringer Of Light é uma ótimo disco com músicas que exploram muito bem o lado épico do gênero através de canções como "The Longest Day Of My Life" a faixa mais longa do disco onde a banda sintetiza suas caractéristicas até para ajudar o ouvinte a se identificar.

Os músicos são de alta qualidade e Pellek se vira como dá para dar conta de tal tarefa, sua voz é excelente em todos os registros e a necessidade de explorar a melancolia e raiva em algumas faixas o faz manter um equilíbrio nesses registros, ou seja nada de agudos a todo momento o que pode ser uma caracteristica interessante. O timbre me agrada, mas receio que nem todos gostarão, enfim preciso destacar que em um momento na faixa "Reborn", uma das melhores do disco pela sua objetividade, refrão e pela excelente prestação vocal de Pellek, seu timbre chega lembrar o grande Roy Khan ex-vocalista do Kamelot.

A interpretação é o grande desafio desse trabalho visto que um timbre bonitinho e uma excelente vocalização não adiantariam num trabalho como esse sem um belo trabalho interpretativo e ao fim da audição desse disco ficou a sensação de que ele deu tudo de si nesse trabalho, e mesmo não beirando a perfeição de vocalistas como Fabio Lione, Simone Simons e Roy Khan ele chegou perto.

Para quem gosta de agudos temos a faixa "I Hope" onde Pellek exibe notas sobreagudas, quem quiser conferir essa melancolia que eu tanto cito, ela está mais explicita nas faixas "Part I: Acerbus Inceptum", "Part II: Someone Else" sendo que as outras duas faixas que completam estão mais ligadas ao Symphonic Power Metal clássico que faz a alegria dos fãs do gênero.

Outra faixa a destacar é a "Pride (The Warrior's Way)" uma das melhores e mais longas faixas do disco e a caracteristica mais interessante dela é que a mesma apresenta elementos da música japonesa. O instrumental e as orquestração estão muito bem, alias eu nem comento muito isso porquê o trabalho instumental geralmente é muito bom e a orquestração é uma perfeita aliada das músicas.

Contudo o Bringer Of Light não é uma obra-prima, pois alguns elementos podiam ser abordados com mais objetividade e sua audição é meio cansativa se você pegar para ouvir tudo de uma vez sendo que as faixas não evoluem tanto assim com o passar das audições. O trabalho também não apresenta nada de novo para nós fãs do gênero, ainda que seja muito feliz nessa tentativa de se inspirar em Rhapsody Of Fire e Kamelot, ano passado tivemos o Serenity que resgatava a sonoridade do Kamelot ligado a uma veia mais Power Metal com um pouco mais de qualidade que esse disco.

Com isso temos mais um disco bacana de Symphonic Power Metal bem acima da média sobretudo pelo esforço do vocalista, a banda consegue impressionar nesse primeiro trabalho, agora é esperar pela sequência.

Nota: 8,5 ********1/2

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