23 de jan. de 2012

Unbreakable (2012)

Chegamos a nossa primeira resenha de 2012, e começamos bem, com um disco novo do grupo de Power/Heavy Metal, Primal Fear, conhecido por ser como: AC/DC, Motorhead e Slayer no quesito inovação.

Então aqueles que já gostavam do som do grupo alemão, dificilmente se desapontaram com esse novo lançamento. Particularmente o Primal Fear é um grupo que raramente ouço, e antes desse disco não tinha ouvido nenhum outro disco (inteiro) deles.

O engraçado disso é que o Primal Fear faz justamente um dos tipos de som que eu mais gosto dentro do metal e me parece um heavy metal clássico com uma pitada de influencia da cena melódica do seu país.

Ralf Scheepers segue a escola vocal da qual Rob Halford era precursor, e consiste em um registro central e grave potentes e agudos cortantes em falsete. Não gosto de vocais em falsete, mas os agudos do Ralf por algum motivo me agradam, talvez porque seus agudos quebrem o peso de sua voz, assim como acontece com Halford

A interpretação é bem intensa e seu timbre não é nada mais que razoável, teria feito uma vocalização perfeita se não fosse tão maneirista a ponto de cantar rasgado em alguns trechos e em especial na faixa "Conviction", que apesar de boa quase foi estragada por Ralf. Já os agudos mais rasgados do Ralf me agradaram.

Os refrões desse disco são extremamente viciantes, faixas como "Bad Guys Wear Black", "Metal Nation", "Unbrekable Part 2" comprovam a afirmação anterior. O instrumental é excelente, e incrível ver como eles aliam Heavy Metal comum a pequenas e discretas pitadas melódicas, que os diferenciam de grupos como Judas Priest, e digo isso por causa das afirmações equivocadas dos detratores do grupo, que afirmam que o Primal Fear copia o Judas.

Apesar da nítida influencia que a banda inglesa exerce no Primal Fear, faixas como: "Where Angels Die", "Marching Again" em nada se assemelham ao Judas Priest, mostrando influencias de outros grupos alemães como: Blind Guardian, Gamma Ray e Helloween.

Já a faixa "Blaze Of Glory" é bem a cara do Judas Priest, principalmente por causa do vocal do Scheepers, que saiu do Gamma Ray para substituir Rob Halford no posto de vocalista do Judas Priest, o que prova que a semelhança não é mera coincidência.

Temos aqui um disco com excelentes faixas de heavy metal e com outras que são apenas boas faixas. Outro ponto a destacar são as fracas orquestrações desse disco, que salvo um momento ou outro são totalmente dispensáveis.

Unbreakable é um disco muito legal de se ouvir, cheio de hinos metálicos, tanto é que a faixa "Bad Guys Wear Black" é uma das músicas mais legais que eu já ouvi dentro do Power Metal.

Nota: 8,5 ********1/2

3 comentários:

  1. O Rubens vai as resenhas de um jeito que quase obrigar a pessoa a ouvir, so por isso que eu ouço sinfônico!

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  2. Esse é o objetivo, Sandro. E valeu pelos elogios.

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