26 de jan. de 2012

Dark Adrenaline (2012)

Esse era o disco que eu mais queria ouvir e desde o ano passado estava ansioso pelo seu lançamento e torcendo para que a banda mudasse o direcionamento do seu som, não voltando a repetir a sonoridade do disco anterior.

Para quem quer entender melhor a expectativa que cercava esse lançamento sugiro a leitura desses posts onde comento o passado do grupo: post 1 e 2

Falo com grande felicidade que o Lacuna Coil atendeu a todas minhas expectativas e o novo disco é um dos melhores de sua discografia, pois quando confrontada a abandonar a sua sonoridade atual e voltar a soar como antigamente, a banda decidiu mesclar os dois estilos resultando no som que pode ser ouvido nesse disco.

As músicas são extremamente cativantes, o instrumental é mais pesado que o dos últimos disco sem abandonar o timbre alternativo que me agradava em Karmacode. Cristina Scabbia aparecia menos no disco anterior, e nesse novamente voltou a ter o destaque merecido, e nos brinda com uma atuação irrepreensível.

Cristina é uma cantora popular possuidora de um belo timbre e incríveis capacidades dramáticas, que permitem a ela expressar diversos estados. O fraseado é encantador não pela beleza ou elegância, mas por algo que eu não consigo descrever, mas cada palavra pronunciada pela cantora me toca profundamente, não no sentido melancólico e como disse nem beleza, talvez a explicação seja algo que me foge ao conhecimento no momento.

A tecnica é sólida apresentando poucas falhas no decorrer do disco, o registro agudo e central são de qualidade, e gostei bastante de sua ornamentação na faixa "Intoxicated". Andrea Ferro tem uma voz que combina perfeitamente com a de Cristina, fazendo uma comparação podemos dizer que sua voz se parece com a de Marco Hietala do Nightwish só que com menos punch metálico.

Apesar dos toques eletrônicos na excelente "Trip The Darkness", eles são elementos que aparecem bem discretamente podendo até passar despercebidos, e junto com algumas discretas orquestrações são apenas ornamentação.

O destaque do disco consiste na energia vibrante de faixas como "Kill The Light", "Upside Down", "Against You" que ficam assim graças ao instrumental e as inspiradas performances de Scabbia e Ferro.

"End Of Time" e "My Spirit" são faixas muito bonitas, a última em especial é uma homenagem ao líder do Type O Negative, Peter Steele, que faleceu em 2010. Outra faixa nessa linha que gostei é o cover de "Losing My Religion" R.E.M, que se destaca pela interpretação de Scabbia.

Todas as faixas primam pela excelência a exceção de "Fire" e "Give Me Something More", que são um bocadinho inferiores as demais. Eu não ouvia um disco desse calibre onde todas as faixas penetram de imediato no ouvinte e com o tempo vão ficando ainda melhores do que na primeira audição desde que ouvi os últimos discos da Adele, Within Temptation e Amaranthe.

Um espetacular registro de uma das bandas com vocais femininos mais consagradas do metal, e que compensa a leve decepção dos últimos discos, e supera os clássicos anteriores. Sinceramente eu nunca ouvi a Cristina tão inspirada e olha que nos outros discos eu já a achava excelente.

Nota: 9,5 *********1/2

2 comentários:

  1. Finalmente se inspiraram e fizeram um álbum cativante e com quase todas músicas eu me encachei no som.Como você disse,os sons eletrônicos ajudaram muito a atmosfera das músicas(como o começo de trip of darkness ou intoxicated).A única coisa que odiei na película foi o preço enfadonho,para variar.

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  2. Olha o William depois que eu vi o preço de alguns discos de ópera, um disco de 30 ou 40 reais me parece barato.

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