1 de jan. de 2012

O Top


O Within Temptation lançou um disco de antalogia, ultrapassando as barreiras do Symphonic Metal ao acrescentar no seu som uma bela dose de Pop Music e New Wave, além de generosas pitadas de Hard Rock. O grupo holandês era conhecido até então por um instrumental básico, onde o brilho ficava todo por conta das orquestrações do tecladista e da bela voz da Sharon Den Adel.

O puro Symphonic Metal da banda foi transcendido por uma sonoridade mais potente e cativante. A dançante "Sinead" é um tipo de música, que eu nunca tinha visto no metal e mostra como a banda conseguiu conjugar bem elemento considerados contrastantes. The Unforgiving é o melhor disco da história do grupo, e mostra como uma das maiores bandas no gênero conseguiu se renovar.

Rhapsody Of Fire faz um dos sons que eu mais admiro, um Power Metal que usa sinfonias barrocas, o que é a formula da banda, já que o estilo barroco combina bem mais com a proposta "medieval" do grupo. From Chaos To Eternity é o melhor disco do Rhapsody desde do Dawn Of Victory, e ainda tem um grande valor sentimental por se tratar do último disco do Rhapsody com a dupla Staropolli/Turilli.

Esse disco é o mais pesado da história do Rhapsody, poucas vezes vi um Fabio Lione tão brutal, que já no disco anterior havia dado uma palhinha de como era seu gutural. Turilli, Hess e Staropolli fizeram linhas e solos que misturavam a pirotecnia com a harmonia melódica, a orquestra deixa o som mais cheio e é tão pomposa que chega a deixar o som mais pesado.

Machine Head antes de Unto The Locust era considerada só mais uma bandinha de Metal alternativo, mas no seu novo registro a banda transpira as raízes do gênero, a um Metallica aqui, um Judas Priest acolá...
Só não supera as outras 2 bandas por causa do meu gosto pessoal pender mais para o melódico, o Within Temptation ter gravado um disco também inovador e também por causa dos patéticos coros.

Natalie Dessay aos poucos vai deixando de ser a soprano de coloratura da atualidade, tentando roubar esse posto temos a Netrebko e a alemã Diana Damrau. a voz começa a decair, e a soprano vem perdendo parte da agilidade de outrora, fazendo com que seus agudos saiam com mais esforço, os pianissimis ficaram mais áridos, o que expõe mais ainda a fragilidade mor da Dessay, a voz pequenina.

Agora esqueça tudo isso que você acabou de ler, pois o disco "Cleopatra Arias" é uma gravação sublime, e a Dessay assume o lugar de maior Cleopatra da atualidade, destronando a De Niese. A coloratura da Dessay se mostra perfeita, os pianissimis são celestiais, e o timbre é muito bem aveludado. Dessay é uma excelente atriz e consegue transmitir muito bem os estados de Cleopatra: Felicidade, Angustia, esperançosa e eufórica.

O Barroco de Handël é muito difícil, exigindo uma agilidade sobre-humana, principalmente nos Stacattos, e conseguir executar tudo isso e ainda conseguir passar os estados emocionais da personagem e algo deveras impressionante. E o timbre é fascinante, sente só que pianissimi maravilhoso que a Dessay faz no fim da Caballeta.


Adele é uma das principais figuras do ano de 2011, seu New Soul com pitadas pop conquistaram o mainstream, provando que no mainstream pode sim tocar algo que preste. A voz potente e de timbre de grande flexibilidade são os trunfos da cantora, hits como "Rolling in The Deep" e "Someone Like You" expressam todas essas qualidades, e caíram fácil no gosto do publico.

Um grupo que inovou na cena e injustamente quase não foi citado pelos grandes meios bangers: (Collector Room, Whiplash, Van Do Halen...) foi o Amaranthe, que lançou um dos disco mais bacanudos que eu já ouvi na minha vida.Todas as faixas semexceção são muito boas, e só não aparece em primeiro por não diversificar muito.

Acho que tudo que eu podia falar do novo Cd do Edguy eu já falei, completo dizendo então que é um trabalho a nível do Hellfire Club. Desde que eu comprei o estupendo Dare To Dream, eu virei um dos maiores admiradores do Shadowside, a voz da Dani Nolden é fantástica, na minha opinião a melhor contralto da atualidade. O novo disco do Shadowside é ainda melhor que o antecessor, e eu vou compra-lo em breve.

Depois de sua espetacular interpretação de Anna Bolena, Anna Netrebko fez todos os seus detratores e admiradores se curvarem a sua maravilhosa representação. Uma hora perfeita para a gravadora lançar uma coletânea que reúne interpretações memoráveis da Soprano na maior casa de ópera do mundo, o Metropolitan Opera em Nova York. Um disco que reúne interpretações da Netrebko nas óperas: Lucia Di Lammermoor, Il Puritani, Don Pasquale, La Bohéme, Roméo Et Juliette, War And Peace não tem como ser menos que excelente.

Deicide gravou um disco que une a brutalidade a técnica, e eu que não era grande fã do grupo fui arrebatado.

2 comentários:

  1. Bom post. Porém ficou um pouco desorganizado, poderia haver uma separação melhor entre as bandas

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  2. Dhanylo o objetivo do post era fazer um apanhado dos discos que eu mais gosteis sem aquela organização padrão dos tops da Collector Room e quejandos.

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