Esse blog tem o intuito de explorar os estilos do metal e explica-los para os headbangers, fazendo ánalises sobre bandas e gêneros que eles ajudaram a erguer
23 de jun. de 2013
Em time que está ganhando não se mexe?
A banda sueca, Amaranthe, foi uma das grandes revelações do sensacional ano de 2011 (contamos também com discos excelentes do Opeth, Trivium, Mastodon e Machine Head), inclusive eu resenhei o seu disco de estreia e o coloquei no meu top 10 daquele ano. O som do grupo não mudou nada de lá para cá, permanece o mesmo death metal com fortes doses de música pop e power metal que explora a voz do trio de vocalistas.
Elize permanece como o centro das atenções, a sua voz remete descaradamente a essas cantoras de música pop o que gera sempre aquele estranhamento nos ouvintes de primeira viagem, mas o curioso é que sua voz casa certinho com as músicas do grupo. Solveström impede que a coisa descambe para um pop metal eletrônico com seus vocais guturais, fazendo um bom contraponto entre as duas vozes limpas.
Seu novo disco, The Nexus, possui a mesma formula do anterior o que deve manter a banda em alta com aqueles que gostaram do primeiro disco, mas também decepciona aqueles que queriam ver o que mais a banda tinha a oferecer. Minhas favoritas são: "The Nexus", "Stardust", "Mechanical Illusion" e "Future On Hold", mas todas as outras faixas mantém a qualidade do disco lá em cima.
A exceção é a piegas "Burn With Me" uma baladinha bem rasteira que foge do bom exemplo de "Amarantine" do disco anterior, talvez a não participação de Solveström tenha contribuído para o fracasso dessa faixa. Os efeitos eletrônicos nesse disco parecem lutar contra os bumbos da bateria, o que gera sempre um clima de urgência nas faixas, coisa que aprecio bastante nessa banda, mas acho que o grupo poderia explorar mais o potencial melódico desses toque eletrônicos em momentos mais desacelerados.
Olof Mörck intervem bem com bons solos e riffs, mas nada que retire o ouvinte da cadeira, por outro lado as atmosferas criadas são bem interessantes pelo futurismo energético que elas invocam. Os refrões são poderosos e grudentos e podem ser identificados facilmente como a principal qualidade desse grupo.
É um disco muito bom, porém não vai surpreender aqueles que já ouviram o disco de estreia dessa banda, apesar de manter a qualidade de seu antecessor a banda não pode se restringir a repetir a mesma sonoridade do seu disco de estreia. Ao meu ver a banda passou facilmente pelo teste do segundo disco, mas se quiser alçar passos mais longos vai precisar mexer um pouco na formula.
Nota: 8,5 ********1/2
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